domingo, 6 de junho de 2010

O Pobre Poeta Feliz

 
O poeta agora se afundou mais uma vez
Só que desta vez não é num mar de depressão
O amor afoga o poeta como nunca o fez
E a poesia dele muda o tom obscuro para uma linda canção.

A sensação de estar completo o toma
Os medos estão se afastando cada vez mais
Antes a solidão parecia o deixar em coma
Agora ela se esvai dando lugar a uma acolhedora paz.

O poeta se pergunta quanto tempo isso irá durar,
E ao mesmo tempo chega à conclusão
De que o tempo é relativo quando se pode amar
Pois a intensidade é que alimenta o pobre coração.

Se a vida lhe oferecer mais uma vez decepção
Agarrar-se vai à tristeza mas não prender-se a ela
Logo seus ingênuos e brilhantes olhos de novo brilharão
A vida muda constantemente e alegrias e tristezas o espera.

O poeta agora chora de alegria
O poeta agora vive em belos dias
O poeta não se diz mais poeta

O poeta se diz testemunha de sua própria existência.
Ele promete só escrever o que for verdade.
Só o que se pode dizer ser uma experiência.

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